Não sei se algum dia já partilhei aqui neste cantinho que quando vou a andar de carro sou muito criativa e pensativa... Tornando-me assim uma não muito boa companheira de viagem pois pouco falo... Ora então, vinha eu dos Algarves a ouvir musiquinhas boas que falavam todas elas do amor, sentimentos, traições, historias felizes e infelizes... Comecei então a pensar qual seria a definição que eu daria ao amor...
Gerou-se uma panóplia de ideias na minha cabeça... Não é fácil definir o amor porque simplesmente ele não tem definição, depende essencialmente de nós e de quem está connosco, da fase da vida em que nos encontramos, da idade e maturidade (o que para mim nem sempre está relacionado, a idade não é de todo proporcional à maturidade, e conheço exemplos vivos disso).
Nem sempre é fácil amar, porque quando se ama tem que se estar disposto a ser moldado e a ter força para moldar alguém, quando digo isto, não é que tenhamos que mudar a nossa maneira de ser, de todo que não, mas temos que aprender a lidar com quem escolhemos partilhar a nossa vida e aceitar a sua maneira de ser, mesmo que em algumas coisas seja diferente da nossa... pois se quisermos que nos façam o mesmo...é difícil, e para muita gente, até é complicado de entender, se o sentimento não for forte, é tentador desistir...
Eu vejo o amor assim, como uma partilha de vidas, vivencias e convivências de adaptações que vão dar a uma evolução comum...
O sexo, também faz parte, não me venham com histórias que não é importante, pois é, e bastante, quando a coisa não funciona na cama ( ou em qualquer outro lado... deixo a vossa criatividade funcionar!!!) é mau prognóstico para a relação....
O diálogo é essencial, falar do que apoquenta, do que não apoquenta, falar e partilhar...
Amor é tudo e muito mais, por mais que músicas, filmes, livros, pessoas comuns, filósofos, poetas o tentem definir nunca o vão conseguir fazer, porque ele é único na forma e no desejo com que vemos quem amamos, é único e diferente em cada pessoa que passou pela nossa vida. Pode ser eterno, pode não o ser, depende, depende do amor que é... de homem e mulher, de mãe e de pai, de amigo, de irmão...
Mas hoje, agora nesta fase da minha vida, é assim que defino o amor, o que pode já não ser totalmente válido amanhã... mas a vida, acho eu, é mesmo assim, uma caixinha de surpresas...
Sou feliz porque AMO e sou AMADA... é o pilar da minha felicidade....!!!
" Cada um sabe a dor e a delíca de ser o que é"
É simples e verdadeira. Só nós mesmo sabemos e sintimos o nosso ser, o que somos, o que sofremos, com o que rimos, e quem amamos! NÓS somos únicos e especiais, com sentimentos únicos e formas de estar na vida também elas únicas!
Estava um dia destes a ter uma conversa bem banal com uns amigos até que surgiu o tema: numa relação amorosa os pólos atraem-se? Sinceramente eu acho que não, pessoas muito diferentes colidem muito, não têm nada em comum em que possam partilhar experiencias e opiniões. Falta-lhes uma base de sustentação, o elo de ligação que é essencial numa relação. Nunca passei por uma relação assim, mas pelo que vejo à minha volta, o casal acaba por procurar fora aquilo que deveria ter em casa. Não há nada que os una a um bem comum, o que acaba por levar inevitavelmente ao fim da relação, se é que ela alguma vez existiu... Contudo, relações em que as pessoas são muito iguais também não me parece que resultem, porque já se sabe o que esperar do parceiro, já se adivinha o que vai fazer e como o vai fazer, já não há a expectativa do momento nem a busca de melhorar a relação a dois, são iguais, se um não faz o outro também não, acabam inevitavelmente na monotonia, o que para mim, é um dos pecados mortais de um relacionamento...
O equilíbrio, como sempre, está no meio termo, alguns pontos em comum, algumas diferenças. A vontade de partilhar ideias, de ter conversas, é muito maior, porque vai haver um verdadeiro diálogo de exposição de posições. No acto do amor, é muito melhor porque à ensinamento mútuo da melhor forma de o fazer... No meio é que está a virtude....!
Só posso concluir (e todos os que estavam comigo) que aquela velha máxima de que os pólos se atraem não passa de uma calunia que alguém se lembrou de dizer!
Sou dependente de muita coisa... Tenho vindo a reflectir sobre isso e cada vez mais vejo que realmente não sou nada independente...
Preciso de uma quantidade enorme de carinhos diários, que incluem beijinhos, abraços, festinhas e afins!
Dependo de palavras bonitas vindas do amor, da familia dos amigos e conhecidos. Das palavras que fazem frases que têm todo o sentido nas músicas que gosto de ouvir, daquelas que me tocam, que me fazem vibrar, rir, pensar e ás vezes voar (ele à músicas...!!!). Dependo dos meus (três ) telemóveis... sim, são muitos... mas se virmos noutra perpectiva... há três redes... preciso de um para cada rede... (desculpas...!!), quando um falha, ai valha-me alguém que fico em apuros!!
Dependo também da minha familia, que apesar de estarmos pouco tempo juntos, preciso muito deles, de saber que eles estão lá...
Dependo dos meus brincos, que me fazem sentir especial quando saio de casa, mesmo naqueles dias em que parece que tudo é cinzento...
Dependo das pessoas de quem gosto, gosto de saber que estão lá, mesmo que na cumplicidade do silencio!
Dependo do meu portátil (nem imaginam como fiquei quando o anterior a este avariou...)
Dependo do meu carrinho, que me leva a todo o lado a que quero ir, são as minhas pernas e sem as quais já não me imagino!
Dependo do meu trabalho, daquilo que gosto de fazer, ajuda a ocupar a cabeça, a faze-la esquecer problemas e as chatices do dia a dia..
Com isto tudo só posso concluir que dependo de tanta coisa, que não posso dizer que sou totalmente independente, não consigo viver sozinha, sem estar rodeada das pessoas que gosto e que gostam de mim, sem os meus objectos e objectivos e já me esquecia... sem as minhas gatinhas de quem tanto gosto!
Com os cinco sentidos bem apurados sinto, amo e odeio...
Sinto o cheiro do que gosto e o cheiro que me repugna, sinto o cheiro de um beijo e de um momento, o cheiro do ar e o cheiro do amor...
Vejo o que me rodeia: o que me agrada e desagrada, mas ás vezes vemos melhor com os olhos fechados, "o essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração"...
O toque de uma carícia, ai o toque de uma carícia..!! O bem que sabe e o bem que faz! O toque, o toque do desejo, o toque do amor, o toque da amizade.. mas também o toque de maldade, quando se usa esse sentido para o pior dos usos...
Ouvidos! São o meio de transporte das palavras bonitas para o cérebro, ouvem as músicas que me marcam, as palavras que me tocam, mas também ouvem frases de quem me quer mal ou digamos assim, menos bem!! Mas aviso já, eles são selectivos, preferem e seleccionam as palavras que os elevam e constroem, deixam cá fora as criticas destrutivas que não contribuem em nada para ser uma pessoa melhor...
Finalmente o sabor! O sabor de um momento é infinitas vezes melhor que o sabor do melhor dos manjares! O sabor de um lábio, o sabor da pele, o sabor da VIDA!!
Com os cinco sentidos bem envolvidos pela peixão pela vida, por algo ou por alguém, elevam-me a sentimentos inexplicáveis, que na maioria das vezes são bons e estimulantes para prosseguir, mas como em tudo, quando se sente com toda a força, também os sentimentos que magoam são sentidos a dobrar... Mas mesmo assim, não me importo de sentir, enquanto sinto estou viva e estou a lutar para ser uma pessoa cada vez melhor!!
Esta música para mim diz tudo, bem quase tudo... Porque há coisas que só nós sabemos, porque só nós sentimos e sabemos como é... e é ai que está a magia, no que sentimos e no que desejamos ardentemente.. "amor sem sexo é amizade"....
. Já....
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